Dedicatória do blog



Dedico esse blog a memória dos inesquecíveis VICENTE ANTUNES DE OLIVEIRA e Dr. MURILO PAULINO BADARÓ, amigos desta e d'outra vida!!! Ambos estão presentes na varanda da minha memória, compondo a história de minha vida, do meu ser e da minha gênese! Suas vidas são lições de que se beneficiariam, se fossem conhecidas, grandes personalidades e excepcionais estadistas. Enriqueceram o mundo com suas biografias e trouxe ao mundo a certeza que fazer o bem é possível, até mesmo na POLÍTICA!


Dedico também a meu trisavô Firmo de Paula Freire (*1848-1931), um dos maiores servidores da república no vale do Jequitinhonha, grande luminar da pedagogia da esperança!

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Crônica de uma vida




A vida não se fabrica nem se industrializa. A vida acontece. A vida foi feita para ser vivida um dia de cada vez, um minuto de cada vez, uma hora de cada vez, um segundo de cada vez... e foi assim que o adolescente Jeferson José Lopes, do dia 26 de abril de 1951 ao dia 26 de abril de 2013, chegou aos 62 anos prestando bons e úteis serviços a população de Turmalina...

Foi uma vida vivida entre frascos e fórmulas químicas, trituradas e mescladas ao afeto de bem servir a causa da saúde e a felicidade de todo um povo.

As figuras luminares de Lauro Machado, o padrinho e mestre; junto ao tio Hugo Lopes, médico formado pela UFMG; se fizeram os arcanjos e querubins tutelares de toda a vida, iniciada sob os auspícios da inocência e do bem-querer, principalmente do bem-querer da sua terra e da sua gente... Felicidade, é a expressão tão simples, mas necessária – de um sentimento tão almejado...

Diz um ditado grego que mais se diverte do que trabalha aquele que faz o que ama. Não é diferente aquele que coloca a sua vocação à serviço de seus amigos, de seu povo e da sua terra. É um pouco do Cristo que se faz pão e se entranha, no corpo e na alma, e na vida do vocacionado. É uma química cujos símbolos e fórmulas se mesclam com carne e espírito, corpo e alma, intuição e inspiração – caminho e escada – através da estrada tomada no sonho inicial.

Caminho irisado de sonho e de luz, assim Nem Lopes o viveu – dosando de afeto e doçura a sua voz, desde os vagidos sonoros após aspirar o ar da sua terra e sentir o profundo amor que temperava a atmosfera da casa de seus pais. Luiz Lopes de Macedo, a quem o afeto e a modinha seresteira substituiria a rigidez e o formalismo; Hilda Maciel Lopes, cuja rigidez moral andava de par com seu amor de matriarca profundamente dedicada à sua prole. Casa cheia, mesa repleta, ocasiões múltiplas para a celebração do corpo e da alma. A vida era uma festa e a festa se fazia vida. Serestas e modinhas, poesia e bem-querer, literatura e amor, era o caldo que transformava o marasmo total da vila interiorana em festas vivazes e sonoras naquela casa onde reinava um ambiente antigo combinado com um amor sempre renovado.

Mas à biografia de Jeferson ainda se soma o acontecer da história. Vinda de uma casa onde o respirar se fazia de política e de serviço à pátria e ao povo, o civismo nele não demorou à aflorar, emergir mesmo, da sua psicologia de homem pratico e observador. Janeuce Cordeiro, em poema bem inspirado, diz que ninguém é mais intimo de Turmalina que Ném Lopes. Uma pessoa que vive a sua a terra e a sua gente tão intensamente só pode mesmo ser um homem poema, unindo ao corpo as luzes do espírito cuja ribalta nem sempre um palco um palco iluminado, porém um palco de grandeza e de boa convivência.

Viver para ele foi participar. Dirigente partidário, fundador de partidos, ativista social, desportista de mérito e de fôlego, vereador, presidente da Câmara por dois períodos subseqüentes, prefeito municipal e vice-prefeito municipal... uma lista e um curricullum vittae extenso...

E Maria Mônica Vieira Lopes, a companheira de uma vida, não fez por menos: vinda de uma casa também política e senhorial, porque não dizer fidalga de Capelinha, aqui, sob os auspícios do marido e a liderança progressista (quase romântica e civilista) de Hugo Lopes, foi ela ser a primeira mulher a adentrar os umbrais da Câmara Municipal, liderando-a com a presidência interina... e nesse capricho do destino quase se senta na cadeira do executivo, quando do afastamento do prefeito Odair Bonifácio Maciel...

A prole foi um prêmio, ou alias, 3 prêmios: Jeferson e Heloísa, que já planam o piso superior junto ao calor do Pai Eterno; e Paulo Henrique, mais amigo que filho, segundo ele mesmo... os três netos: Vitória e Leo, filhos de Paulo e Jacelma; e Vítor, filho de Jeferson Luiz e Hilda — completam o liame que não se interrompe...

Ah... Nem Lopes, o tempo passa e a gente nem vê, nem sente, nem se dá conta que ele passou... Mas vale a pena saber que se viveu ao olhar para o estirão da estrada e ver o que se plantou para outros colherem. E continuaremos vivendo com o calor da sua presença e seguindo as pegadas que você deixou na areia movediça da vida...

Sigamos, pois, juntos todos nós... Viveremos e conviveremos na alegre tarefa de servirmos a nossa terra... Ainda há muito que viver, que sentir, que amar, que fazer... Sigamos juntos...

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Qual destes homens é o mais ilustre filho de Turmalina?