A PROPÓSITO DE UMA VISITA À TURMALINA
Cely Vilhena*
Se
você quiser também sentir-se amada, aceite o convite e vá a Turmalina. Siga o
traçado do caminho por onde andavam escondidos os longos braços do vale do rio
Jequitinhonha no norte e nordeste de Minas Gerais.
Vá
de olhos curiosos, siga a estrada e se fixe no horizonte.
De
terras acolchoadas de verde de campinas distantes.
A
estrada é uma fita colorida indicando os quilômetros necessários à boa
velocidade.O motorista é um hábil gentleman!
Há
poesia em tudo: na solidão dos caminhos, nos veículos que transportam
mercadorias, na distância dos horizontes, na solidão dos Gerais.
–
É longe? Sim. É longe. Desde os tempos do Ciclo do Ouro em que
bandeirantes e garimpeiros se embreavam nas matas e nas margens dos rios em
busca do ouro. E o encontravam bem como as pedras preciosas ou semipreciosas e
se multiplicavam nos arraiais.
Assim,
nosso destino é Turmalina – a rainha do Vale – A joia verde-claro que descia
nas águas do Jequitinhonha.
Estamos
indo para lá? Por qual motivo!?
Para
assinalar com sua gente, seus habitantes o 21º ano de festividade do
"Projeto Resgate do Memorial do Vale do Jequitinhonha - Norte e Nordeste –
Turmalina - MG".
Tendo
como fundador do Projeto o "jovem" Valdivino Pereira Ferreira (ainda
sem completar 20 anos), cujo convite honrou-me e deu-me condição de comprovar a
gentileza de sua gente e a gratidão de ser bem recebida e de me sentir amada!
Amada
no sentido de atenção, carinho, oportunidade de perceber a cultura literária de
sua gente, a gentileza de seu povo e de aprender os vários índices de sua
mineiridade, trazendo de tempos idos os costumes, as festas, os cânticos,
quando inúmeros participantes receberam certificado de sua atuação ao
configurar com alegria os costumes da "gente" do vale do
Jequitinhonha.
Festa
imperdível!
Turmalina!
– Quero agradecer-te.
Pela
acolhida da Câmara Municipal que ofereceu-me seu melhor carro com o excelente
motorista Wellington e Cláudia – jovem e alegre – com os quais a viagem ficou
mais leve pelas conversas e casos populares. E pela gentileza dos dois que me
levaram e trouxeram com tanto cuidado.
Como
não me enternecer com a figura de Mirinha, uma gentileza de receber-me em sua
linda mansão e tratar-me como irmã – pessoa doce, sincera, e sua filha Célia,
também poetisa como seu pai. E provar da deliciosa comida preparada com tanto
carinho pela simpática ajudante delas.
Ganhei
livros lindos, a saber:
De
autores ligados ao recurso de bem escrever em língua portuguesa.
Dos
autores, a saber:
-
Valdivino Pereira Ferreira
·
Tempo de lembrar: Para não
esquecer
·
Flores de Aço
·
Primeiro Ensaio: Cordéis
-
Gilda Gomes de Macedo
Janeuce Cordeiro Maciel
·
Olho Turmalina:Vejo sua gente
-
Janeuce Cordeiro Maciel
* Jóia de Família
Li
todos eles. São líricos e bem escritos.
Seus
autores devem se incluir nas Academias de Letras de Belo Horizonte.
Serão
bem-vindos!
Agradeço
a placa maravilhosa que recebi – tratando-me como a princesa da poesia.
Assim
é Turmalina em seus gestos de carinho! Adeus, Turmalina! Até outra
aventura. Deus te guie!
* Cely Vilhena reside em BH, é membro
da Academia Feminina Mineira de Letras e da Academia Municipalista de Letras de
MG, do IHGMG. Autora de vários livros de poesias e ensaios.
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