Dedicatória do blog



Dedico esse blog a memória dos inesquecíveis VICENTE ANTUNES DE OLIVEIRA e Dr. MURILO PAULINO BADARÓ, amigos desta e d'outra vida!!! Ambos estão presentes na varanda da minha memória, compondo a história de minha vida, do meu ser e da minha gênese! Suas vidas são lições de que se beneficiariam, se fossem conhecidas, grandes personalidades e excepcionais estadistas. Enriqueceram o mundo com suas biografias e trouxe ao mundo a certeza que fazer o bem é possível, até mesmo na POLÍTICA!


Dedico também a meu trisavô Firmo de Paula Freire (*1848-1931), um dos maiores servidores da república no vale do Jequitinhonha, grande luminar da pedagogia da esperança!

Nossa Legenda

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Nossa Fé e Nosso FUturo

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Discurso


FALA DE ENCERRAMENTO
NAS HOMENAGENS PRESTADAS
A D. YEGA PRATES BERNIS


Valdivino Pereira Ferreira

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las (Aristóteles).


D. Yeda,



Foi longa a caminhada e penosa a espera. Não me importa os ferimentos da luta nem os arranhões dos espinhos pelos caminhos percorridos, sim a alegria do encontro e o prazer da etapa cumprida. Por essas convergências do destino, um espírito lúcido, humilde e sábio, a quem nós ambos devotávamos e devotamos ainda verdadeira amizade e veneração – aquele inspirado escritor mineiro José Afrânio Moreira Duarte que já plana o outro plano da vida, a que o iluminado Santo Agostinho de Hipona chama de “o outro lado do caminho”– me apresentou a vós. E vós, Yeda Prates Bernis, a grande poeta de Minas e do Brasil, se fez amiga de Valdivino Pereira Ferreira, o pesquisador de folclore do vale do Jequitinhonha, de origem humilde e de berço obscuro, mas oriundo das plagas onde primariamente aportou a família “RODRIGUES PRATES”, ainda na primeira metade do século XVIII.

“Aquela que canta”ou “aquela que entoa acalantos”, na bonita origem de vosso nome na língua anglo-saxônica, se fez amiga daquele “que é o amigo audacioso”, segundo a mesma origem anglo saxônica, com alguma corruptela teutônica.

Pouco tempo depois, esse amigo, menoríssimo amigo, foi colhido pela depressão e só com o alento de velhas e novas amizades, como aquelas que deixei consignadas no pórtico do livro, foi o motivo da devolução da minha vontade de viver. Meu coração enlouqueceu a geografia do meu corpo, e embora correndo o perigo de esquecer alguns, porque faltaria papel para citar todos, devo enumerá-los. Deus e Nosso Senhor Jesus, os dois primeiros. Depois sem ordem de chegada, Neilma, Nívia, Jeferson, Jadilson, Anália, Luiz Fernando, Zenólia e Nelson, Anízio, Vicente Antunes, Murilo Badaró, Zé Afrânio, Oiliam José, padre Rangel, padre Carlos Badaró, (Jailton +), Janeuce, Gilda, tia Alaíde, meus irmãos (todos, porque tiraram tempo para cuidar de mim), Olimpio e Rita, e uma plêiade enorme de outros mais. Yeda com seus telefonemas, seu incentivo, sua literatura, sua sabedoria de princesa mesopotâmica, me forneceu poderoso lenitivo, ora com sua atenção, ora com sua literatura.

O motivo da escrita do livro “YEDA PRATES BERNIS: PLENITUDE POÉTICA”, nada mais é do que um preito de gratidão. Gratidão a que meus amigos, jóias preciosas que Deus tem me legado pelo caminho, e que nesse momento se juntam a mim para agradecê-la e homenageá-la. Gratidão perene também que se derrama a Deus, por ter concedido a mim a graça da vossa amizade.

A amizade é uma dádiva que não se compra e um tesouro a que não mensura o valor. É tão valiosa que jamais foi corporificada para engalanar as coroas reais, nem iluminar os colares das rainhas. Tesouro cuja jóia encastoada só pode ser guardada na arca do coração, terra onde ninguém vai nem a ferrugem ou tempo dilapida. A amizade e o amor só a possuem os nobres, dotados de sentimentos grandes e altos, grandes na concepção do valor do “outro” e altos na concepção do espírito de entendimento.

Digo isso porque Yeda sabe a dimensão da amizade e do amor, simplesmente porque ela teve um amigo que foi seu amor para a vida inteira e um amor que foi seu amigo desde quando se entregaram um ao outro em 1948, quando se casaram. Digo para a vida inteira porque a vida não tem fim, apenas a etapa terrestre, que Nei Octaviani Bernis cumpriu com brilho, honradez e trabalho, qualidades que ornamentavam o seu caráter. Referente ao amor de Nei e Yeda, Vinicius não tem nem terá razão, porque “não será eterno enquanto dure”, mas durará para sempre. Amor produtivo, como na parábola hiperbólica de N. S. Jesus Cristo, porque foi fruto que produziu cem por um. Basta que se lance os olhos sobre a frondosa arvore genealógica plantada por eles, cujos galhos, ramos e vergônteas, dignificam Minas dia-a-dia com seu trabalho e com sua honra.

Quando a pessoa não possui merecimento nenhuma palavra poderá ornamentar o seu elogio. Quando ela dignificou a sua terra por suas ações e enobreceu a sua gente por suas qualidades, raios emanados de seus corações, o pedestal de sua estatua já estará preparado, porque nem a morte apaga a lembrança de suas boas ações e de seus benefícios que foram insculpidos em nossos corações. Todo aquele que professa a fé em Jesus Cristo, crê na ressurreição e a ressurreição nada mais é do que a LEMBRANÇA da pessoa permanente no coração imaculado de Deus. Assim, pessoas como Henriqueta Lisboa, Cecília Meirelles, Lacyr Schetino, Murilo Badaró e José Afrânio Moreira Duarte, para dizer de dimensões intelectuais de D. Yeda, e Vicente Antunes e Murilo Maciel, falando das dimensões do horizonte de Turmalina, estarão e estão sempre revivendo em nosso olhar, em nosso coração e na nossa mente, fazendo-as ressurgir cotidianamente para nosso bem e nosso crescimento espiritual. De Deus não se pode esquecer, porque tudo Ele preenche, tudo Ele aclara e tudo Ele provê, e todo o sentido está na Sua existência. Até mesmo antes do nascimento da teogonia ocidental tal qual a conhecemos no ordenamento filosófico atual, os gregos antigos já deram ao “Deus Sol” o apelido de “Hélio”. Quem lhes deram tal esta antiga noticia. Pois antes dos profetas bíblicos, os escribas e peotas profanos profetizaram, porque cantaram com lira majestosa e voz maviosa as maravilhas de Deus.

Porque ao sol deu por morada Deus: Quia sol in habitaculum Dei”,

 dizia uma antiga inscrição encontrada em território greco-latino. A Ele, sou grato pela dádiva da amizade de D. Yeda. A meus amigos também sou grato, porque se revelam verdadeiras coroas de jóias, tal qual o tesouro de Lady Elisabeth II, por nobreza, honra e caráter que eles ostentam e pela generosidade de me abrigarem em seus corações.

Minha gratidão a todos. A vocês devo a minha vontade de viver. A Deus devo a vida que tento viver com dignidade e verdade, componentes do amor ágape, cristalino, sem jaça, oriundo de Deus. Com Deus, que é o princípio, termino estes agradecimentos, porque ele é o sabor do meu espírito, o apetite da minha alma e o deleite da minha existência.

D. Yeda, são simples as minhas homenagens, mas são as que podemos, Projeto Resgate Memorial, vos prestar. Aceite-as na singeleza de que são e representam, espero estar no seu coração, porque no meu a senhora já está. Muito obrigado a todos.

Paz e bem.



O autor ladeado pelas poetas Celly Vilhena, Carmem Shneider Guimarães, Yeda Prates Bernis e Janeuce Cordeiro Maciel.

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